Trazemos aqui mais um lindo casamento para a seção casamentos reais! A noivinha Daniele Leme decidiu compartilhar com a gente sua bela cerimônia no campo estilo mini wedding. Venha conferir tudo o que ela nos contou:
O CASAMENTO
Vamos casar agora? Acho que é o momento certo. Sim! Existe momento certo ou todos os momentos são intensamente vividos como certos e únicos na vida? O pedido de casamento foi feito no Jardim Botânico em São Paulo, em um domingo muito frio no mês de agosto deste ano, o dia em que Luiz me disse “Eu esperava um pôr do Sol bem bonito para te pedir em casamento, mas esse é o momento, não posso mais esperar”.
Nas nossas férias em setembro de 2018, começamos a planejar nosso Mini Wedding. Corremos muito, marcamos o casamento no dia 13 de setembro para o dia 13 de outubro. A única data que conseguimos, “as pessoas tem preconceito com o dia 13, essa data esta disponível”. Nós rimos e encaramos, exatos 30 dias para organizar tudo. Seria o primeiro encontro da minha família com a dele. A união de duas cidades do interior, Itapetininga (onde minha família reside e o local da cerimônia) e Barretos (cidade do noivo). Isso só foi possível porque apesar de enfrentar essa loucura, eu havia feito a lição de casa e pesquisado algumas coisas quando percebemos a iminência da transferência dele. Embora nós não estivéssemos preparados para assumir uma grande festa de casamento, estávamos preparados para dizer sim um ao outro, isso era o que me guiava, eu sabia que iria dar certo mesmo com tão pouco tempo.
A primeira pessoa com quem entramos em contato foi com o fotógrafo Victor Alvarenga da capital paulista, já o conhecíamos há algum tempo e isso foi muito importante, mesmo com os dias contados conseguimos fazer um pré wedding em Capitólio-MG. Eu, como noiva, sabia que não seria uma tarefa nada fácil organizar algo especial em tão pouco tempo, mas quando fazemos algo com amor, tudo vai se encaixando com naturalidade e o universo conspira ao nosso favor. Conversamos com a decoradora Clarissa que logo de cara nos trouxe muita confiança; queríamos algo leve, simples e que deixasse tudo com gosto de família, ela entendeu perfeitamente a nossa ideia, além disso nos apresentou a cerimonialista Mayara, fada madrinha com quem conversamos uma semana antes do casamento e cuidou de tudo com muito carinho. Os músicos foram escolhidos pelo Robson Branco, com quem conversamos já no primeiro dia de toda a organização e também era conhecido de longa data, seu trabalho foi incrível, nos presenteou com músicos excelentes do Conservatório de Música de Tatuí (cidade vizinha de Itapetininga).
A cerimônia aconteceu às 16h no Fishing Park em Itapetininga, no dia 13 de outubro de 2018, pesqueiro famoso no interior de São Paulo, onde também foi realizado o jantar e a recepção da família. O dia estava completamente nublado, com previsões de pancadas, mas meu casamento estava em maravilhosas mãos. Lembrei do dia frio em que o Luiz havia me pedido em casamento e como havia sido lindo para nós dois. Se chovesse seria lindo também! A chuva resolveu esperar para mais tarde, o Plano “A” deu certo, ganhei o gramado maravilhoso do Fishing Park, a vista para o lago, sombra fresquinha de uma árvore e barquinhos de pescadores atravessando a paisagem. Minha entrada aconteceu com meus pais, dona Maria e Sr. Narciso, foi ao som de uma canção do Ministério de Música Santa Geração, que ouço desde muito pequena, “Em teu jardim eu estarei, na viração do dia, esperando por Ti, Senhor!” Sim, eu estava ali, na viração do dia, esperando pelo melhor momento, naquele jardim. Nosso sobrinho Ryan, nos levou as alianças em uma “arca” com dois querubins em sua tampa, símbolo bíblico que representa a aliança de Deus com Israel, onde eram guardados objetos sagrados e servia também como estandarte de guerra, ia à frente dos guerreiros simbolizando que Deus estava no comando. A cerimônia foi realizada pelo Pastor Júlio da Igreja Bola de Neve, que sempre esteve orando e torcendo por nós. Foi um momento cheio de significados e palavras de amor com pessoas realmente queridas.
Durante nosso ensaio, o tempo estava completamente fechado, mas nós aproveitamos o céu repleto de nuvens.
Quando já estávamos com os convidados no salão do jantar, a chuva veio, e com ela trouxe a falta de energia por toda a região de Itapetininga, o que nos mostrou os verdadeiros ao nosso lado, com ótimas recordações. O Buffet (do próprio Fishing Park) seguiu com o jantar maravilhoso, a decoração com velas iluminou o espaço e a Banda Four Stages improvisou um acústico no apagão.
“O apagão foi um charme a mais para o casamento”, ouvi essa frase algumas vezes durante o jantar. “Você conseguiu organizar isso tudo em um mês?” As vantagens de um mini wedding é isso, sabia que qualquer imprevisto seria irrelevante porque as pessoas que estavam ali, eram as que queriam estar presentes por toda a vida, não só naquele momento. Ter bons profissionais ao nosso lado também é essencial, precisam estar sincronizados, todos falando a mesma língua. A humildade e agilidade da Mayara, cerimonialista, demonstrou o quanto fui uma noiva sortuda.
Meu casamento me fez perceber que o amor é sempre a melhor resposta, o melhor caminho. As melhores coisas do universo se movem em torno de você, quando você se enche de amor. Me despi de todos os excessos, de qualquer luxo que um dia eu poderia ter sonhado para aquele dia. Senti cheiro de família, de jardim de casa e pude aproveitar cada minuto. Senti que era o momento de Deus, do destino, não apenas nosso. “E que o amor não dependa da sorte, do tempo… Que ele possa vir com simplicidade, de dentro para fora, de um para o outro.”
AS DIFICULDADES DO MINI WEDDING
Nem tudo é um mar de rosas. Uma de nossas maiores dificuldades foi organizar a lista de convidados, até porque a lista de amigos especiais sempre foi bem grande. Sempre surge aquele peso “estou deixando pessoas especiais de fora”. Se tem uma coisa que definitivamente precisa ser entendido pelos noivos, é que as pessoas que realmente gostam do casal e de repente não foram convidadas, entenderão. A dica que nós podemos dar, é que o importante nesse momento é manter o equilíbrio do que o casal pretende gastar com os convidados e manter o foco de um casamento intimista. No nosso caso, tínhamos pouco tempo e a noção de que não conseguiríamos realizar uma festa; nossa preocupação naquele momento era o encontro das nossas famílias. Faltava algo… Que elas se encontrassem! Esteve presente a família mais próxima e uma amiga de infância.
Um casamento pequeno não significa menos trabalho e você descobre isso ao longo dos dias, durante a organização. Você pode e “deve” enriquecer o seu momento com detalhes que farão toda a diferença, um casamento pequeno continua sendo o seu grande dia.
Procurei envolver meu noivo nas tarefas que normalmente apenas as noivas se preocupam. O Luiz me acompanhou em tudo, até nas visitas no ateliê para os ajustes no vestido. Claro, ele não viu o vestido!
O resultado foi gratificante!
OS VOTOS DO NOIVO
“ Começo meu discurso com o poema de Mário Quintana, das Utopias. Se as coisas são inatingíveis… Ora! Não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos, se não fora.A presença distante das estrelas! Eu paguei caro para ter você. Três anos que nós estamos juntos, só você, eu e Deus sabemos quantos momentos vivemos. Enfrentamos adversidades, desde um abraço intenso na despedida em uma rodoviária, nos metrôs de São Paulo, telefonemas e trocas de mensagens que amenizam a saudade, potencializada pela solidão e confinamento sob os tetos e paredes de um quartel. Mas Deus é fiel quando diz em 1 Coríntios 13:7, o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A palavra de Deus, aquela que tem nos sustentado e nos dado força até os dias de hoje, fez você levantar daquela UTI, e te fez um milagre. Você é um milagre em vida, e que todos que aqui estão possam ver a grandeza de Deus quando olharem para você. E com esse amor inabalável, que tudo suporta, eu te aceito como minha esposa, minha amiga, companheira, para viver uma nova história e todos os sonhos de Deus para nós. Obrigada por tudo, eu amo você.”